Divisão de reposição do Grupo Freudenberg, a Corteco é hoje uma das maiores empresas na área de peças para veículos pesados, leves e motocicletas. Por meio de seu vínculo direto com o Grupo Freudenberg, a empresa distribui mais de 19 mil produtos do mundo inteiro. Prioritariamente, a gama de peças de reposição inclui produtos nas áreas de controle de vibração e vedação.
Nesta entrevista exclusiva à revista Mercado Automotivo, Plinio Fazol, porta-voz da Reposição Automotiva para a América do Sul da Freudenberg-Corteco, fala sobre os principais desafios da marca no Brasil nos próximos anos. Fazol aborda ainda que a utilização dos canais digitais da empresa levará mais informações aos clientes e deverá ser um dos focos de sua gestão nos próximos anos.
Revista Mercado Automotivo – Que balanço o senhor faz de sua atuação na Freudenberg-Corteco até o momento? Quais as principais dificuldades enfrentadas e os maiores ganhos obtidos nesse período?
Plinio Fazol – Nesse período, conseguimos implementar muitas estratégias com ganhos expressivos para a Freudenberg-Corteco. O grande desafio continua sendo aumentar a proximidade e a identificação da marca com todos os players do mercado de reposição automotiva. Até o momento, melhoramos expressivamente a nossa participação no mercado e estamos fortalecendo cada vez mais a nossa posição de líder mundial no mercado de vedações.
RMA – Quais os principais desafios em sua atuação daqui para frente?
PF – Um dos nossos principais desafios é o de utilizar melhor os canais digitais para levarmos informações e geração de valor aos nossos clientes.
RMA – Qual é a importância do vínculo direto da Freudenberg-Corteco com o Grupo Freudenberg no que diz respeito à abertura e ampliação de mercados para o oferecimento de peças de reposição?
PF – Ser a divisão de reposição do Grupo Freudenberg nos possibilita ter acesso ao portfólio e à tecnologia da líder mundial em vedações, que fornece para todas as montadoras. Dessa maneira, cada vez que uma peça Freudenberg- Corteco é instalada, o aplicador tem a certeza de estar utilizando um produto com qualidade e tecnologia iguais às da linha de montagem do veículo.
RMA – Como o senhor avalia hoje o desafio de distribuir peças por todo o Brasil? Como a Freudenberg- Corteco consegue manter seu nível de distribuição em um mercado tão amplo?
PF – Continua sendo um dos maiores desafios dos fabricantes. O que fazemos na Freudenberg-Corteco é ter uma ampla rede de distribuição que se utiliza da expertise dos nossos parceiros (distribuidores).
RMA – Qual é a expectativa da Freudenberg- -Corteco para o Brasil nos próximos dois anos? É possível ser otimista?
PF – Sim, é possível ser otimista. Achamos que as coisas estão se acomodando lentamente e o grau de confiança dos clientes está voltando, o que fará com que o mercado volte a responder de maneira positiva.
RMA – O brasileiro hoje está mais consciente e preocupado com a origem dos produtos automotivos que compra? O senhor considera que há uma preocupação maior com a garantia, origem, etc.?
PF – Sem dúvida, vem melhorando. Porém, ainda existem muitas situações de peças de origem duvidosa. Sempre que possível, tentamos mostrar ao mercado que a antiga expressão “o barato às vezes sai caro” ainda acontece. Ou seja, às vezes, por pouca diferença de dinheiro, corremos riscos desnecessários quanto à durabilidade/ performance dos componentes.
RMA – A Freudenberg-Corteco utiliza redes sociais em suas estratégias de mídia? Se sim, qual a importância dessas mídias atualmente para vocês?
PF – Estamos trabalhando para em breve utilizarmos melhor esses canais. Eles têm aumentado a sua importância no planejamento das ações de maneira muito rápida.
RMA – Independentemente da resposta anterior, é possível dizer que o setor automotivo brasileiro ainda utiliza pouco as redes sociais para suas ações?
PF – Embora venha aumentando de maneira rápida, ainda há muito espaço para evoluir nesse assunto.
RMA – O Brasil tem convivido nos últimos anos com uma grave crise política. Até que ponto isso interfere nos negócios, de uma forma geral?
PF – Toda vez que algo interfere no nível de confiança/ segurança da população, os impactos são sentidos diretamente em todos os ramos de negócios. E leva um tempo considerável para que possa ser restabelecida a normalidade. Mas, independentemente da situação política ou econômica, o Grupo Freudenberg sempre pensa suas estratégias e ações em longo prazo.
RMA – Qual seria hoje o principal entrave para o setor automotivo brasileiro: a situação fiscal do País ou os gargalos na infraestrutura (que afeta a logística das empresas)? Por quê?
PF – Ambos afetam fortemente o nosso setor e criam complexidades desnecessárias, que acabam encarecendo as operações.
RMA – Por fim, gostaria que deixasse uma mensagem para os colaboradores da Freudenberg-Corteco, de modo a abordar a expectativa da empresa para este e o próximo ano.
PF – Podemos afirmar que estamos tendo um ano muito bom e que, com certeza, fecharemos 2018 com um ótimo crescimento. Isto só reforça a nossa gratidão a todos os colaboradores da Freudenberg-Corteco, que se esforçam diariamente para fazer e entregar o melhor aos nossos clientes.
Escrito por: Redação