As pessoas são por natureza competitivas, influenciáveis e preconceituosas. Como dizia Ralph Waldo Emerson, pensador norte-americano, o homem só é sincero sozinho, na presença de uma segunda pessoa começa a hipocrisia. É o gene egoísta sempre querendo testar a sua capacidade de torná-lo aquilo que você não é.
Na prática, ninguém nasce e cresce orientado para a dissimulação, a fofoca, a mentira e a violência; ao contrário, desde pequenos temos nossos amigos, pais, professores e orientadores religiosos tentando nos colocar nos trilhos até uma determinada fase onde pensamos que já sabemos tudo. Mães são bravas guerreiras que não desistem dos filhos até o fim.
A personalidade de uma pessoa, ou o conjunto de mecanismos que ela vai criando para se defender é moldada desde a mais tenra infância, por meio de quatro fatores que determinam o comportamento humano: a sua biologia; a sua linguagem; a sua cultura e a sua própria história pessoal.
Em geral, as pessoas não são o que são porque simplesmente levantam de manhã e dizem: hoje vou ser assim ou assado. As pessoas são fruto dos seus modelos mentais positivos e negativos, dos exemplos bons e ruins que receberam, dos preconceitos, dos rótulos impostos por uma sociedade injusta e, por vezes, implacáveis quanto ao julgamento.
Em geral, temos muito mais dos nossos pais do que imaginamos, portanto, quanto mais os criticamos, maior a tendência de ficarmos iguais e, em alguns casos, piores do que eles. Pense muito, mas muito mesmo, antes de criticar seus pais.
Há um provérbio japonês que diz o seguinte: é difícil desentortar um bonsai, ou seja, quanto mais velhos, maior a dificuldade de mudar, de quebrar paradigmas, de rever posicionamentos e modelos mentais. Na maioria das vezes, o conforto psicológico fala mais alto. Isso não significa que as coisas são imutáveis e, como dizia Otto Lara Resende, escritor e jornalista mineiro, nascemos todos ignorantes, mas não devemos, necessariamente, morrer assim. Em vários aspectos, a vida sinaliza inúmeras possibilidades de mudança.
No mundo competitivo em que vivemos, de nada adianta ter vocação, preparação em escolas renomadas, experiência em grandes empresas e oportunidades aos montes se tudo isso não estiver acompanhado de uma competência crítica para o sucesso na vida: a atitude. A atitude muda tudo.
O ser humano é capaz de fazer coisas inimagináveis, entretanto, desperdiça muita energia vital ao resistir àquilo que não acrescenta nada ao seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Como eu sempre digo, o coração de pedra, a resistência à mudança e a zona de conforto são ingredientes propícios para o começo do fim. Já uma atitude positiva em relação aos acontecimentos, não importa o tamanho da adversidade, é o início para uma perspectiva de vida mais digna, mais justa e mais desafiadora.
Na prática, é impossível crescer, se desenvolver e evoluir sem aceitar o fato de que as adversidades são o combustível mais adequado para deixarmos esse mundo muito melhor do que aquele que recebemos ao nascer.
Pense nisso e seja bem mais feliz!
*Jerônimo Mendes é administrador, coach, escritor, professor e palestrante com mais de 35 anos de experiência profissional em empresas de médio e grande portes, especialista em Empreendedorismo, Coaching, Gestão de Carreira e Negócios.
Escrito por: Jerônimo Mendes