Melissa Mattedi revela que contatos foram iniciados no mês passado em visita à China
Além de já ter fechando contrato com uma fabricante de automóveis instalada no Brasil, a BorgWarner negocia o fornecimento de turbo para veículos leves com quatro montadoras chinesas: BYD, GWM, Chery e Geely. As duas primeiras já iniciaram operações de montagem por aqui, enquanto a Geely não descarta plano de produzir no País.
Melissa Mattedi, diretora geral da fábrica de turbocompressores da BorgWarner no Brasil, revela que um grupo de representante da empresa foi para a China no mês passado fazer contato com as quatro marcas e agora estão sendo iniciadas conversas aqui no Brasil.
“Estamos prospectando esses novos negócios, buscando informações sobre planos de nacionalização das montadoras que estão chegando e modelos que terão produção aqui”, comentou a executiva, que preferiu não revelar o nome envolvido no contrato já fechado internamente, cujo fornecimento será iniciado daqui um ano.
Fabricante de turbos leves há dez anos, quando fechou parceria com a Volkswagen, a BorgWarner ampliou negócios na área a partir de 2019, após contrato acertado com a Stellantis.
Desde então, o fornecimento de turbos leves vem crescendo em ritmo mais acelerado do que o de turbos pesados. Os leves representam, atualmente, 68% da produção, índice que em 2015 limitou-se a 25%.
Com fatia de 50% no total de automóveis equipados com motorização turbo flex que rodam no Brasil, a BorgWarner aposta no potencial desse mercado, visto ser o turbo componente importante no processo de descarbonização.
Operando atualmente em três turnos na linha de turbos leves e em dois na de pesados, que desacelerou nesta segunda metade do ano, a empresa prevê ampliar a receita este ano em mais de 25%.
“Estamos completando cinco década com o mote 50 anos de outro. E realmente 2025 está sendo um ano de outo”, resumiu Melissa.
Além do mercado de leves crescente, as exportações indiretas para a Argentina também têm sido decisivas no resultado positivo de 2025. Já para 2026 a diretora geral aposta mais em estabilidade do que em expansão.
Sobre novos componentes a serem produzidos por aqui, a executiva lembra que a empresa mantém produção de itens para veículos elétricos em outras partes do mundo e terá facilidade em produzir aqui caso venha a ter demanda local.
“Temos, por exemplo, vários componentes para baterias, além de peças como ventilador eletrônico para veículos pesados. Havendo procura teremos capacidade para fornecer novos itens para eletrificados”, conclui.
Fonte: Auto Indústria