O Brasil está à espera de números positivos para sua economia neste ano. Ainda que o governo tenha recebido os últimos dados de desemprego no País como um verdadeiro “balde de água fria”, a retomada econômica é aguardada diante de índices mais favoráveis no consumo e na produção.
Nas próximas semanas, com as divulgações dos números relativos ao primeiro trimestre do ano, o governo brasileiro terá uma percepção mais apurada do quanto o País realmente tem crescido. Saberá, inclusive, se já é possível concluir se o pico da crise econômica brasileira ficou ou não para trás.
De acordo com o ministro do Planejamento, Desenvolvimento, Orçamento e Gestão, Esteves Colnago, a equipe econômica do governo federal aguardará o resultado do crescimento da economia no primeiro trimestre para revisar a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018. “A gente deve esperar sair o PIB para fazer uma revisão”, afirmou, em declaração à Agência Brasil, recordando que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deverá divulgar o PIB do primeiro trimestre ao final de maio.
Apesar disso, o ministro mostrou-se otimista em relação às projeções do governo para o resultado econômico brasileiro, independentemente do índice a ser divulgado ao final do mês. Atualmente, Brasília espera por um crescimento anual de 3% na soma de todos os bens e serviços produzidos no País em 2018.
O Banco Central, diante de pesquisas realizadas com instituições financeiras, tem uma estimatifreepik. com À espera de números positivos Governo aguarda resultado econômico do primeiro trimestre para revisar PIB Economia 14 va mais comedida: 2,75%. Há um mês, a previsão era levemente superior (2,84%), mas ainda abaixo do que espera o governo. Conforme explica a Agência Brasil, na hipótese de uma revisão para baixo do PIB brasileiro, a previsão de receitas para 2018 deverá ser impactada.
Dessa forma, o governo poderia promover corte de gastos com o objetivo de cumprir a meta de déficit primário, resultado negativo de receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros. Para este ano, a meta é de R$ 159 bilhões. Transações em aplicativos Ainda no campo econômico, dados divulgados recentemente pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) permitiram conclusões interessantes a respeito de como os brasileiros (sejam pessoas físicas ou jurídicas) estão utilizando os serviços bancários.
A Pesquisa de Tecnologia Bancária 2018 concluiu que o cliente bancário está cada vez mais migrando para os serviços de mobile banking, disponíveis em aplicativos de celular. De acordo com o levantamento, houve um crescimento de 70% nas transações financeiras por aplicativos de celular em 2017. Neste cenário, o pagamento de contas por esse formato aumentou 85%. Isso, no entanto, já era esperado, já que os bancos têm investido cada vez mais em segurança virtual para certificar aos clientes que as operações pela internet são seguras.
Não significa dizer que as tradicionais agências bancárias “morreram”, mas o uso de outros meios permite que as unidades físicas garantam atendimento e consultoria mais customizados, de acordo com a demanda de cada pessoa/empresa. A contratação de crédito por meio do celular também registrou aumento considerável: 141%. Se os serviços de crédito são oferecidos aos consumidores e empresas de forma clara e honesta, a tendência é que os usuários, de fato, deixem de ir às agências para buscar esse tipo de contratação.
Por hora, as transações por mobile ainda não representam a maior parte das operações bancárias no País, mas o aumento tem sido, de fato, representativo de como a tecnologia tem auxiliado o brasileiro, seja em casa, seja nas empresas. Em 2017, foram realizadas 25,6 bilhões de transações por mobile, o que representa um aumento de 38% em relação ao ano anterior. Dessa forma, a modalidade aponta 35% do total de 71,8 bilhões de operações bancárias de 2017. Também é interessante destacar que o mobile não corresponde à modalidade de internet banking. Trata-se apenas de operações realizadas unicamente pelo celular, através dos aplicativos disponibilizados pelos bancos aos clientes. Ainda que o internet banking também seja amplamente utilizado pelos brasileiros, o aumento de transações com movimentação financeira por este meio foi de apenas 6% entre 2016 e 2017, bem inferior à alta do mobile banking.
O investimento dos bancos para garantir maior segurança às operações virtuais realizadas por seus clientes é fundamental para que os índices deste tipo aumentem nos próximos anos. A Febraban garante que eles estão sendo feitos. As despesas e os investimentos em tecnologia pelo setor financeiro chegaram a quase R$ 20 bilhões em 2017, o que representa aumento de 5% em relação ao ano anterior.
Se o uso do celular já era extremamente comum entre os brasileiros para as tarefas cotidianas, os números atuais mostram que o aparelho também tem sido fundamental para serviços que até pouco tempo eram feitos exclusivamente de forma pessoal, fosse por preferência, fosse por insegurança. Não à toa, empresas de todos os setores têm investido em marketing voltado especificamente para o mobile, de modo a aproveitar o uso extensivo das plataformas virtuais por um mercado tão amplo e diversificado.
Escrito por: Redação