Desenvolvimento consistente: vendas na América Latina totalizaram 6,5 bilhões de reais em 2018.
A Bosch, uma líder global no fornecimento de tecnologias e serviços, fechou o ano fiscal de 2018 com vendas totais de 6,5 bilhões de reais na América Latina, incluindo as exportações e as vendas das empresas coligadas, o que representou um crescimento em torno de 12% quando comparado a 2017. “Nosso crescimento consistente no ano anterior mostra a importância da América Latina para o Grupo Bosch e todos os nossos setores de negócios contribuíram positivamente para esse resultado”, ressalta Besaliel Botelho, presidente da Robert Bosch América Latina. As operações da empresa no Brasil foram responsáveis por 80% do volume de vendas na região, atingindo 5,3 bilhões de reais, sendo 30% gerados a partir das exportações especialmente para os mercados da América Latina, Norte Americano e Europeu.
Já para o ano em curso, o Grupo Bosch espera que suas vendas registrem um ligeiro crescimento em relação a 2018 na região. As questões econômicas, políticas e sociais continuam a ser os principais desafios na América Latina. “Há uma alta expectativa para que o novo governo no Brasil seja capaz de aprovar as reformas necessárias, como Previdência e Tributária, com o objetivo de colocar a economia novamente no curso correto. Essas reformas podem contribuir positivamente para os nossos negócios nos setores da mobilidade, bens de consumo, industrial, agronegócios e mineração”, destaca Botelho.
Inovação como força motriz para o desenvolvimento
A inovação é uma das principais alavancas para o crescimento do Grupo Bosch mundial. Em 2018, a empresa investiu mundialmente cerca de 7,3 bilhões de euros em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Na América Latina, a Bosch mantém o patamar de investimento em torno de 3,5% do seu faturamento total em P&D, o que representou cerca de 185 milhões de reais em 2018. É por meio dessa política constante de investimento que a empresa pode continuamente apoiar os seus clientes no desenvolvimento de novas soluções tecnológicas com alto valor agregado.
Um exemplo disso está diretamente atrelado à expertise da Bosch em sensores, softwares e serviços, na qual a empresa está moldando o mundo conectado e criando novas oportunidades de negócios. A demanda por soluções de Internet das Coisas (IoT) na região também está crescendo. “Estamos expandindo nossos negócios com base em soluções inteligentes para as áreas da mobilidade, agronegócios, mineração e indústria”, ressalta Botelho.
Um destaque do uso de IoT no negócio de Soluções para Mobilidade é a digitalização do mercado de reposição automotiva. O processamento de dados, a Internet das Coisas e o aumento da conexão entre os produtos trarão um grande potencial de desenvolvimento para as oficinas mecânicas no longo prazo e, ao mesmo tempo, proporcionarão uma economia significativa de tempo. Durante o Salão do Automóvel e a Automec, a Bosch apresentou o software Connected Repair, que conecta todos os equipamentos já disponíveis na oficina e permite que os dados coletados do veículo fiquem disponíveis para serem acessados em outros computadores e sistemas interligados em rede. Com isso, o mecânico terá acesso ao histórico completo do veículo em diferentes estações de trabalho e a qualquer momento.
O agronegócio é outro importante setor para a Bosch na região. Além da Plataforma Bosch de Pecuária de Precisão – uma solução de IoT desenvolvida no Brasil, que visa analisar a performance do gado de forma dinâmica e individual dentro do seu habitat natural e sem a necessidade de transportá-lo para o curral – a Bosch recentemente mostrou duas outras soluções de conectividade para esse segmento de negócio durante a Agrishow – a maior e mais importante feira de agronegócios do País. A primeira é a Solução de Plantio Inteligente Bosch, sistema desenvolvido para atender as demandas dos mercados brasileiro e argentino, que permite otimizar a distribuição de sementes de acordo com a fertilidade e curvas do solo, além de realizar corte de linhas para evitar a sobreposição e, consequentemente, o desperdício de sementes, o que proporciona melhor utilização da área plantada e aumenta o potencial de produtividade do agricultor.
A outra inovação é a Solução de Pulverização Inteligente Bosch, que possibilita que o agricultor pulverize herbicida apenas onde realmente é necessário. O sistema faz uso de câmeras específicas com algoritmos de Inteligência Artificial (AI) que detectam linhas de culturas e identificam as ervas daninhas na área de cultivo em tempo real. Ambas as inovações têm o objetivo de proporcionar mais conectividade, economia e produtividade para o campo.
Expansão contínua na América Latina
O Grupo Bosch está presente na América Latina desde o início do século 20 com operações na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Panamá, Peru, Uruguai, Venezuela e, mais recentemente, com um escritório de vendas no Paraguai. Com essa presença regional, a Bosch reforça o seu foco no desenvolvimento de estratégias específicas para os mercados onde atua. Em 2019, a empresa planeja investir cerca de 160 milhões de reais, que serão direcionados principalmente para a modernização de suas linhas de produção, assim como para impulsionar a sua estratégia “local for local” não só na produção e compras de insumos, mas também na engenharia para atendimento dos seus clientes locais.
Oportunidades para jovens talentos
Na América Latina, o Grupo Bosch emprega aproximadamente 9.800 colaboradores, sendo 8.300 no Brasil. A ampla presença global, o foco na diversificação e a força inovadora são os pilares que fazem a empresa ser atrativa para jovens talentos. As novas áreas de atuação do Grupo Bosch na América Latina abriram oportunidades para profissionais com outros perfis de formação, como desenvolvedor de software, cientista de dados, veterinária, engenheiro agrônomo, antropólogo, entre outros.
Proteção ambiental e responsabilidade social no Grupo Bosch
O Grupo Bosch investiu em 2018 cerca de 16 milhões de reais em projetos em suas operações no Brasil com o objetivo de aumentar a eficiência energética e diminuir os impactos ambientais, como o gerenciamento de resíduos, proteção da água e do solo e purificação do ar. Além disso, o Instituto Robert Bosch, braço social do Grupo Bosch no país, investe anualmente cerca de 3,8 milhões de reais em projetos sociais, culturais e educacionais, com foco na educação complementar e profissional para jovens.
Perspectiva do Grupo Bosch mundial para 2019: ação climática e medidas para aprimorar a qualidade do ar
Aexpectativa do Grupo Bosch mundial é que a economia global tenha um desenvolvimento moderado em 2019. Apesar do ambiente difícil em alguns setores e regiões que são importantes para a empresa, a Bosch espera que as vendas de 2019 superem minimamente as de 2018. Independentemente das perspectivas de curto prazo, a empresa está intensificando seus esforços no combate à mudança climática e no desenvolvimento da qualidade do ar. “A mudança climática não é uma ficção científica, está realmente acontecendo. Se quisermos levar a sério o Acordo de Paris, a ação climática precisa ser vista não só como uma aspiração a longo prazo, ela precisa ocorrer em curto prazo”, afirma Dr. Volkmar Denner, presidente mundial do Grupo Bosch. “Também estamos comprometidos em atender à demanda pública por uma melhor qualidade do ar nas cidades. Como uma empresa líder em inovação, queremos fornecer soluções tecnológicas para os problemas ambientais”.
É por isso que, por um lado, a Bosch está intensificando os esforços já bem-sucedidos para reduzir a emissão de CO2. “Nós seremos a primeira grande empresa industrial a atingir a ambiciosa meta de neutralidade de carbono em pouco mais de um ano”, declara Denner. “Todas as 400 unidades Bosch ao redor do mundo serão neutras em carbono a partir de 2020”. Por outro lado, a Bosch também está buscando atingir um objetivo ambicioso quando se trata de qualidade do ar: “Queremos reduzir a poluição do ar no tráfego para praticamente zero. Para atingir isso, nós estamos olhando para além do capô do veículo”, afirma Denner. Neste quesito, a empresa adotará como base para as suas atividades três pilares: desenvolver tecnologias de powertrain com baixo nível de poluentes, trabalhar com os governos municipais em projetos que visam manter o fluxo de tráfego estável e implementar um sistema de gerenciamento de mobilidade em suas unidades e plantas.
Fonte: Bosch