- Entidades do setor se unem para levar o pleito ao governo do Estado de São Paulo para garantir abastecimento de peças às oficinas.
- Medida visa atender as oficinas de reparação de veículos que, conforme Decreto nº 64.881 do Governo de SP, de 22 de março de 2020, podem funcionar normalmente para realizarem serviço considerado essencial à população para a manutenção da frota de veículos na região Metropolitana de São Paulo, incluindo ambulâncias, viaturas da polícia e corpo de bombeiros.
- Serviço de manutenção de veículos exige fornecimento de autopeças da cadeia de distribuição formada por fabricantes, distribuidores e varejos.
Com a determinação do governo do Estado de São Paulo por meio do Decreto nº 64.881, de 22/03/2020, autorizando o funcionamento normal de oficinas de reparação de veículos durante o período de quarentena do coronavírus estabelecido de 24/03/2020 a 07/04/2020, entidades que representam a cadeia produtiva de autopeças formada por fabricantes, distribuidores e varejos se unem para pleitear a liberação das atividades comerciais de portas fechadas para garantir o abastecimento de peças.
O Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), ANDAP (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças), SICAP (Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes da Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo) e Sincopeças-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo) entendem que o fornecimento de peças às oficinas é fundamental para que os serviços emergenciais de manutenção de veículos da frota circulante na região Metropolitana sejam realizados a contento.
O Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo) apoia a medida porque as oficinas não possuem estoque de peças e fazem os pedidos fracionados diariamente de acordo com a demanda. Esse fluxo de abastecimento não pode parar em um momento tão crucial que exige o bom funcionamento das frotas de veículos de serviços essenciais, como ambulâncias, viaturas da polícia e corpo de bombeiros, além de carros particulares para as pessoas se locomoverem em situações emergenciais.
Além disso, o fornecimento de autopeças deve manter circulação de frotas de empresas de transporte de cargas e passageiros de entrega “delivery” (caminhões, ônibus, vans, pick-ups, Vucs e motos), que realizam também o abastecimento dos produtos tidos como “essenciais” tais como remédios, alimentos e produtos hospitalares, não pode parar por falta de manutenção, lembra Alcides Acerbi Neto, presidente do SICAP.
“Diante deste quadro, estamos preocupados e dispostos a atender a demanda das oficinas para que o atendimento aos veículos ocorra da melhor forma. Normalmente, fabricantes e distribuidores já operam de portas fechadas ao público, apenas os varejos ficam abertos ao consumidor final, mas, neste caso, podem trabalhar fechados para atender por telefone ou internet os pedidos das empresas de reparação que são os seus principais clientes”, explica Rodrigo Carneiro, presidente da ANDAP.
Entendendo a situação e a responsabilidade de toda a cadeia em abastecer as oficinas, os representantes das entidades se reuniram por meio de chamada vídeo para preparar documento com este pleito que será encaminhado ao governo o mais breve possível. “Estamos prontos para começar a trabalhar e fazermos a nossa parte para que nenhum veículo pare de trafegar por falta de manutenção na região Metropolitana de São Paulo”, acrescenta Carneiro.
O ofício será assinado por todas as entidades envolvidas na cadeia de distribuição de autopeças responsáveis pelo fornecimento ao mercado de reposição.
Atualmente, a região Metropolitana de São Paulo possui 4 mil oficinas de serviços automotivos, conforme dados do Anuário da Indústria de Reparação de Veículos, publicação do Sindirepa Nacional (associação que representa os Sindirepas estaduais).
Fonte: Verso Comunicação e Assessoria de Imprensa