Na Europa, novos dados revelam que os carros elétricos gastaram mais para poder abastecer através do carregamento público. Isso porque o uso do carregador aumentou mais de 42% em apenas quatro meses, devido ao aumento dos custos de gás e eletricidade.
Hoje, a média para carregar um carro familiar de 64 kWh é de £32,41m como o Kia-e-Niro Long Range. Entretanto, o aumento foi considerável comparado ao uso do carregado público até ano passado, sendo £9,60 em maio e £13,60, em junho.
A alta de preço ocorreu devido ao custo médio de carregamento por quilowatt/hora, que passou a ser 63,29p, bastante acima dos 44,55 em maio e 36,75 em setembro do ano passado. Os dados foram divulgados pelo RAC.
Dessa forma, o custo crescente foi percebido em pontos de carregamento ultra rápidos, que agora cobram cerca de 63,94p por quilowatt/hora. Dessa forma, para carregar um carro familiar de 64 kWh até 80%, teremos um aumento de £6,64 em relação ao período anterior.
Carregamento de carros elétricos gera preocupação na Europa
Devido ao aumento do preço do abastecimento, as empresas de cobranças demonstraram preocupação com a situação. Isso porque o aumento foi causado pela decisão do Reino Unido de encontrar outras fontes de gás e petróleo após o conflito na Ucrânia.
Dessa forma, a Instavolt afirmou que o aumento ocorreu devido ao IVA de 20% pelo imposto sobre o carregamento público, em comparação com os 5% sobre o carregamento doméstico. Além disso, a empresa afirmou que é possível oferecer preços baixos, inferiores a 58p por quilowatt/hora, caso as taxas de IVA de cobrança doméstica sejam correspondidas.
Entre os apoiadores da ideia, temos Ian Johnston, CEO da Osprey, que afirmou à Autocar que existe um limite para proteger os consumidores em casa, mas esse limite não existe para empresas privadas. Dessa forma, ele reiterou que as empresas estão comprando energia em níveis invisíveis atualmente.
Entretanto, a Ionit, uma empresa de abastecimento, afirmou que, apesar dos aumentos crescentes, não planeja aumentar seus preços. Por outro lado, o aumento do abastecimento de carros elétricos pode afastar potenciais compradores, atrasando o plano do governo de proibir a venda de todos os carros a combustão até 2030.
Dessa forma, com a missão da União Europeia de proibir a venda de carros movidos a gasolina e diesel, fica mais difícil conciliar a nova realidade com o plano concebido. Além disso, os compradores atuais de carros elétricos podem ficar desestimulados com o uso do veículo, levando-os a comprar ou reutilizar carros tradicionais a combustão.
Entretanto, apesar da situação, o CEO da Osprey discorda dessa realidade, afirmando que as pessoas, atualmente, estão tomando a decisão de mudar, o que comprova que a compra de um EV ainda é um excelente negócio e, hoje, ainda é uma opção mais barata do que dirigir um carro movido a gasolina ou diesel.
Fonte: Redação Click Petroleo e Gás