Um relatório apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) revelou que o setor de transporte contribui para 14% das emissões anuais de gases de efeito estufa, sendo também responsável por mais de 70% das irradiações globais de CO2 provenientes da queima de combustíveis fósseis. As emissões de carbono causadas pelos automóveis, caminhões e ônibus cresceram cerca de 30% entre os anos 2000 e 2016. Com este contexto, se faz mais do que necessário que empresas da área desenvolvam produtos, serviços e inciativas sustentáveis, que possam ajudar na preservação de nossos recursos naturais e ainda impedir o aumento da poluição atmosférica.
De acordo com o engenheiro de produção e CEO da Transcota – logística e transporte, Felipe Marçal Cota, as empresas do campo logístico podem colocar em prática uma grande variedade de medidas que evite e amenize os impactos ambientes gerados por seus métodos e dinâmicas de trabalho. “É essencial que estas empresas otimizem o trajeto de seus veículos, pois isso reduz o tempo de entrega e diminui o consumo de combustíveis. O uso e a comercialização de embalagens reutilizáveis ou recicladas, o controle total sobre a movimentação de suprimentos no estoque, a redução da utilização de papel e insumos de impressão, o descarte correto de materiais e lixo, o estímulo ao abastecimento dos veículos com combustíveis menos poluentes e a adoção de uma cultura organizacional sustentável, também se mostram imprescindíveis”, ressalta.
Segundo Felipe, uma das novidades que pode tornar o trabalho logístico ainda mais sustentável é a adoção de veículos elétricos para a transportação de cargas. “Acabamos de adquirir um veículo 100% elétrico para alocar em nossas operações, a van BYD-T3. Com a capacidade para 700Kg, ela possui um custo seis vezes maior do que o de um similar da categoria movido a combustível fóssil. Ela será abastecida pelas placas fotovoltaicas em nossa unidade sustentável, sendo necessárias duas horas para garantir uma autonomia de 300 quilômetros, sem prejuízos ao meio ambiente”, destaca.
O engenheiro explica que o caráter inovador do uso deste tipo de veículo em empresas de logística se deve ao fato de que existem muitos modelos automotivos considerados elétricos no mercado, mas poucos são totalmente movidos a eletricidade e empregados no transporte de cargas. “A maioria destes automóveis apresenta um sistema híbrido, ou seja, possui a parte elétrica e também permite o abastecimento com gasolina. Já o veículo que estamos utilizando é inteiramente elétrico. Apesar de ser mais caro, ele possui um ótimo custo-benefício e gera zero emissão de CO2 em seu ciclo de vida”, comenta.
Dentre as principais vantagens dos veículos elétricos estão a maior eficiência de seus motores, a condução leve e silenciosa, a travagem regenerativa, a diminuição dos gastos com manutenções e a não emissão de gases de efeito estufa e outros poluentes. “Os veículos elétricos são financeiramente mais econômicos, pois os valores gastos com a eletricidade, são bem menores do que os custos investidos no abastecimento com combustíveis fósseis. Com isso, as operações ficam menos dispendiosas, o que acaba viabilizando as suas aquisições. Além disso, eles não produzem poluição sonora e podem recarregar as suas baterias durante os períodos de frenagem. Vejo que a adoção destes veículos em nossa empresa é mais um grande passo de uma transformação que vem acontecendo há vários anos, mas que agora também se mostra fundamental para que possamos atingir um crescimento organizacional expressivo e também correto ambientalmente”, conclui.
Fonte: Verso Comunicação e Assessoria de Imprensa