Sindicato classificou demissões como ‘irresponsáveis’ diante da pandemia de coronavírus e reivindica que a empresa contrate novamente os funcionários demitidos.
Os funcionários da Caoa Chery iniciaram nesta quinta-feira (19) uma paralisação de 24h em protesto pela demissão de 59 funcionários da fábrica em Jacareí. O sindicato ainda cobra medidas de prevenção ao coronavírus por parte da montadora.
Segundo o sindicato, uma negociação está marcada com a montadora na manhã desta quinta-feira, na qual a categoria pretende solicitar a reintegração dos 59 funcionários demitidos após a empresa fechar o setor de fabricação de motores.
Após a rodada de negociação com a empresa, uma nova assembleia está prevista entre os trabalhadores e sindicato.
O G1 procurou a Chery para comentar sobre a paralisação, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.
Em nota anterior, sobre os cortes, a empresa disse que “a situação econômica do Brasil neste início de ano, agravada pela recente disparada do dólar, gerou uma grande e inesperada queda nas vendas do setor” e que a “medida tem por objetivo reequilibrar a operação da empresa no país e resistir ao cenário econômico atual e previsto para os próximos meses”.
Sobre as medidas em prevenção ao coronavírus, a empresa informou que o setor administrativo passa a operar em regime remoto. A partir de segunda (23), as áreas produtivas iniciarão uma parada gradual até dia 27, quando haverá a suspensão das atividades. A medida vale inicialmente por duas semanas.
Demissões
A Caoa Chery demitiu 59 funcionários e encerrou a produção de motores nesta quarta-feira (18) na fábrica em Jacareí. O número de cortes representa cerca de 10% do quadro de funcionários da montadora, que tinha 540 empregados.
O sindicato criticou a decisão e classifica os cortes como irresponsáveis. A entidade afirma que as demissões foram feitas em um momento em que os trabalhadores mais precisam de estabilidade e plano de saúde, diante da pandemia de coronavírus (Covid-19).
Prevenção ao coronavírus
Outras empresa da região, como a General Motors, Hitachi e Ericson, já colocaram funcionários do grupo de risco, como idosos e portadores de doenças crônicas, em licença remunerada e trabalhadores da parte administrativa estão em sistema home office.
A GM e a Hitachi vão conceder a partir do dia 30 de março, férias coletivas a todos os colaboradores pelo período de 14 dias.
Fonte: G1