A junta homocinética desempenha uma importante função dentro do sistema de um veículo. Ela é a responsável pela transmissão da força de torque que é gerada no motor e deve ser transportada para as rodas do veículo.
Os materiais utilizados na fabricação da junta homocinética são metálicos e é importante mantê-los protegidos contra a umidade e sujeira provenientes das áreas externas do veículo.
O melhor modo de realizar essa proteção é pela instalação da coifa para junta homocinética. Para não acelerar o desgaste, é importante que o profissional da reparação realize inspeções técnicas periodicamente, para analisar o estado das coifas e braçadeiras.
O problema é que o cliente não traz o veículo na oficina frequentemente. Assim, é sua a tarefa de entrar em contato com ele e orientar sobre a importância de levar o carro até a oficina ou agendar a retirada do veículo – se a sua empresa oferece serviço de “Leva e traz”.
Um e-mail, telefonema, mensagem por aplicativo ou postagem nas redes sociais pode ser o estímulo necessário para despertar a atenção do dono do veículo e atraí-lo até sua empresa. Com o veículo na oficina, o resto é com a sua competência técnica, atenção e a escolha de peças de boa qualidade, como os produtos Albarus, Spicer e Victor Reinz.
Por conta da função de proteção das coifas, sua situação e condição influencia no conjunto inteiro e, se estiverem mal conservadas, podem afetar a preservação da peça.
Com o carro no elevador, faça uma avaliação antes de começar o serviço, verificando itens da suspensão. Depois de terminar, faça outra inspeção, pois se algum componente estiver avariado, todo reparo pode ser comprometido. A recomendação é fazer uma avaliação da junta homocinética e da coifa a cada 5 mil e 10 mil quilômetros.
Em caso da coifa rasgada, primeiro remova a junta danificada, faça a limpeza, recoloque a graxa na especificação e quantidade recomendada e instale uma nova coifa, preservando a junta homocinética.
Se houver ruídos ou estalos isso indica que somente a substituição da coifa não resolverá o problema e será preciso substituir todos os componentes, com um kit de junta homocinética Spicer específico para o veículo em reparo.
A junta fixa (ligada à roda) faz barulho intermitente ao fazer curvas. Já a junta deslizante (conectada ao câmbio) faz ruído ao rodar em linha reta.
A necessidade de reparo da coifa é visual e de fácil identificação. Com o veículo elevado, observe se a borracha apresenta rasgos ou ressecamentos em toda a extensão e gomos das coifas, bem como se existem danos nas abraçadeiras.
Se perceber graxa grudada nas rodas dianteiras ou nos para-lamas é sinal de que a coifa está danificada. Embora a coifa seja uma sanfona de borracha fácil de ser trocada e de preço bastante acessível, se não estiver preservada, pode comprometer todo o conjunto e causar um prejuízo bem maior ao bolso do cliente.
É importante ter uma boa iluminação para a visualização e, caso o cliente não esteja presente no ato da inspeção, tire fotos e apresente-as para ele, esclarecendo sobre os riscos de condução do veículo nestas condições e prejuízo financeiro se o reparo não for executado.
Com a coifa bem iluminada, esterce o volante ao máximo para ambos os lados e gire a roda, verificando a presença de rasgos, trincas ou ressecamento na borracha. Se a coifa da junta estiver rasgada ou em más condições pode acumular lama, poeira e sujeira na junta homocinética, reduzindo a vida útil da peça.
Ao suspeitar de avarias na junta, é possível apenas desmontar a peça, retirar as coifas, fazer uma limpeza e trocar a graxa, que é a base de bissulfeto de molibdênio, suporta altas temperaturas e esforços mecânicos contínuos e deve ser aplicada na quantidade correta. A graxa deve ser colocada de acordo com a bisnaga que acompanha o kit de reparo, ou seja, metade na coifa e a outra metade na homocinética.
Fonte: Assessoria Dana