Em parceria com o Sindilojas BH, o Sebrae Minas promove, até amanhã, em Belo Horizonte, o Inova Varejo – 1ª Encontro Nacional de Inovação do Varejo, com o objetivo de preparar proprietários de micro e pequenas empresas do comércio e lideranças sindicais para as mudanças do mercado impulsionadas pela pandemia.
Primeiro evento realizado de forma presencial pelas entidades parceiras desde que os protocolos de isolamento foram adotados na capital, o Inova Varejo constitui um marco para a retomada das discussões que visam ao fortalecimento do setor, segundo Nadim Donato, presidente do Sindilojas-BH, entidade que integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC). “A classe sindical também foi afetada pela pandemia e o Inova Varejo é oportuno para o restabelecimento do contato com as entidades sediadas no interior de Minas e do Brasil, que têm o papel de auxiliar as micro e pequenas empresas a retomarem seus negócios”, afirmou o dirigente.
A pandemia obrigou os empreendedores a traçarem novas estratégias para atrair consumidores ao longo dos últimos 16 meses. “Incentivamos a compra dos pequenos negócios e sensibilizamos os empreendedores para a necessidade de reinvenção. Apesar das mudanças de comportamento, ‘comprar e vender’ continua sendo um ato de relacionamento, seja ele físico ou on-line, e a fidelização do cliente ainda é a chave para manter o negócio”, reforçou o presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles, na abertura do evento. “O Sebrae não é o comércio, mas ele está com o comércio. Chamamos isso de encadeamento. A gente precisa se reinventar, e esse é o aprendizado da pandemia”, disse Melles.
O Inova Varejo vai discutir, entre outros temas, o papel do varejo na estrutura financeira atual, procedimentos relativos à substituição do IGP-M pelo IPCA, a transformação dos meios de pagamento e como conquistar novos clientes digitais. A programação inclui também as palestras ‘O Consumo na Sociedade Pós Pandemia – Marketing do Futuro’, com o especialista em inovação Fernando Kimura, e ‘A Virada de Chave do Físico Para Digital’, com o CEO da AppPay Guilherme Araujo, além do painel ‘Inovação no Varejo’, promovidos pelo Sebrae.
Revolução em curso
As principais demandas do varejo são relacionadas ao marketing digital e à gestão financeira das empresas. “Por ser, principalmente no caso das pequenas empresas, um setor muito tradicional, estamos fazendo um trabalho forte de inovação, para que elas percebam essa revolução que está acontecendo”, ressaltou o superintendente do Sebrae Minas, Afonso Rocha.
Para Rocha, muitos setores não sobreviverão se não tiverem, por exemplo, um delivery bem estruturado e uma relação ativa com o cliente. A palavra de ordem, segundo ele, é muito mais relacionamento do que venda. “Antes mesmo da pandemia, visitamos a NRF, maior feira de varejo do mundo, em Nova York, para ver quais eram as melhores práticas para aplicar aqui. Percebemos que o limite da loja não pode mais ser somente o estoque. O empresário precisa ir um pouco além, para fomentar o relacionamento com o cliente. Podemos observar a força das redes sociais, por exemplo. As empresas que procuraram se adaptar rapidamente já conseguiram se posicionar e faturar”, observa.”
Ainda segundo Rocha, com a chegada da pandemia, cerca de 87% das empresas apontaram queda no faturamento. Por isso, o Sebrae Minas foi considerado serviço essencial e, ainda que a distância, continuou a apoiar os pequenos negócios, que são responsáveis pela maior parte dos empregos gerados no país.
Soluções
E para ajudar o pequeno varejista na identificação de problemas e na melhoria de seus processos, o Sebrae dispõe de um conjunto de soluções, tais como Sebraetec, Up Digital, Programa Brasil Mais, Programa Agentes Locais de Inovação (ALI), entre outros. Saiba mais em sebraemg.com.br.
Fonte: Agência Sebrae