Nenhuma das novidades vai chegar neste ano; planos vão até 2022. Tecnologia que usa motor a combustão como gerador para elétrico também deve ser lançada no Brasil.
Depois de apresentar o X-Trail em sua versão híbrida no Salão do Automóvel de São Paulo, a Nissan confirmou nesta quarta-feira (13) que irá vender o SUV no país. O modelo será posicionado acima do Kicks, no segmento médio, e deve concorrer com o Jeep Compass, o utilitário esportivo mais vendido do Brasil em 2018.
Apesar da confirmação, a fabricante não deu detalhes importantes, como data de chegada ou versões que serão disponibilizadas.
Segundo o presidente da Nissan do Brasil, Marco Silva, além do X-Trail, a marca japonesa terá vários outros lançamentos. “Até 2022, muita coisa vai acontecer”, disse.
Ainda há pouca clareza quanto aos próximos passos da empresa. É certo que os lançamentos só começarão a chegar a partir do ano que vem.
Quanto ao X-Trail, sabe-se que a opção escolhida não será a híbridaexibida no Salão do Automóvel. De acordo com o presidente da Nissan, o preço elevado do híbrido tiraria a competitividade do X-Trail.
e-Power
Note E-Power tem grandes chances de chegar ao Brasil até 2022 — Foto: Divulgação/Nissan
A solução seria adotar a tecnologia “e-Power”, já testada pela marca no Brasil. Ela utiliza um motor a combustão como gerador, alimentando uma bateria, que por sinal, fornece energia para o motor elétrico.
“Aquilo mais adequado com o nosso futuro está no e-Power”, comentou Silva. O executivo também confirmou outras aplicações para a tecnologia, “em duas oportunidades: uma no segmento do Kicks, e outra em um hatchback”.
O hatch citado pelo executivo pode ser o Note, maior do que o March, e com jeitão parecido com o Honda Fit. Após ganhar a tecnologia e-Power, ele se tornou o carro mais vendido do Japão.
March e Versa em caminhos distintos
Nissan March e Versa — Foto: Divulgação
Falando em March, o modelo também está no cronograma de novidades da Nissan. Mais uma vez, Silva descartou oferecer a nova geração, já à venda na Europa. O problema, outra vez, seria a falta de competitividade diante dos rivais.
A solução será uma nova geração, mas com características próprias para o nosso mercado. Segundo Marco Silva, nesta categoria, “o preço ainda é uma questão sensível”.
Em um caminho distinto deve seguir o “irmão”, Versa. “Vemos nele uma boa oportunidade de entrar no segmento de sedãs com maior valor agregado”, falou Silva.
Isso significa que o Versa deve ficar mais sofisticado, exatamente para combater os novos rivais, nesta faixa de preço mais alta, como Volkswagen Virtus, Fiat Cronos, Toyota Yaris, e, futuramente, a próxima geração do Chevrolet Prisma.
Fonte: G1