Pesquisa recente do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicou que as mulheres empreendedoras demonstraram maior agilidade e competência ao implementar inovações em seus negócios durante a pandemia de Covid-19. Segundo o levantamento, a maioria das mulheres (71%), faz uso das redes sociais, aplicativos ou internet para vender seus produtos. Já o percentual de homens que utilizam essas ferramentas é bem menor: 63%.
A vantagem feminina foi verificada também no uso do delivery e nas mudanças desenvolvidas em produtos e serviços. A pesquisa mostrou que o isolamento social forçou as mulheres empreendedoras a utilizar mais as vendas online do que os homens (34% delas contra 29% deles). As mulheres donas de negócios também inovaram mais na oferta de seus produtos e serviços (11%) contra 7% dos homens; e usaram mais os serviços de delivery (19%), enquanto 14% dos empresários passaram a adotar essa mesma estratégia.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, esse fenômeno pode ser explicado – em grande parte – graças ao nível de escolaridade das mulheres empreendedoras. “As mulheres são mais escolarizadas do que os homens: 63% delas têm nível superior incompleto ou mais, contra 55% dos homens com esses mesmos níveis de escolaridade”, comenta. Outra possível explicação pode estar, segundo o presidente do Sebrae, no fato do percentual de mulheres jovens empreendendo ser maior do que o de homens (24% delas têm até 35 anos contra 18% deles).
O levantamento do Sebrae e da FGV também mostrou que as mulheres têm se mostrado mais avessas a empréstimos bancários do que os homens. Desde o início da crise, 54% dos empresários do sexo masculino buscaram crédito enquanto a proporção de mulheres é praticamente a oposta: 55% delas não buscaram empréstimos.
Fonte: Redação