Nos últimos anos, mostra acabou ofuscada pela CES, que acontece dias antes, em Las Vegas. Desde a década de 80 o salão acontece em janeiro, abrindo o calendário de feiras automotivas.
Já é tradição no setor automotivo começar o ano com temperaturas congelantes no Salão de Detroit, um dos maiores eventos da indústria. Mas essa história vai mudar a partir de 2020, quando a feira será realizada em junho, não mais em janeiro.
Além do frio, a feira sofreu nos últimos anos com a competição da CES, feira de tecnologia que acontece poucos dias antes em Las Vegas.
A convergência entre os veículos e as empresas de tecnologia fez com que algumas montadoras levassem estreias para a CES, deixando menos novidades para Detroit.
Os organizadores apostam no calor de verão para atrair mais público com atividades ao ar livre, test-drive, gastronomia, shows e palestras pela cidade, extrapolando os limites dos pavilhões do Cobo Center.
“Com novo rumo e foco, a feira será uma disrupção das feiras tradicionais e vai criar um novo evento sem precedentes na indústria”, afirmou o diretor Rod Alberts.
Indústria em transformação
Outros salões também sofrem com a debandada de marcas, que preferem investir em outros tipos de publicidade e marketing.
O Salão de Paris, que acontece em outubro deste ano, não terá marcas como Volkswagen, Ford, Peugeot, Citroën, Opel, Nissan e Volvo.
Em novembro, o Salão de São Paulo tinha até maio 30 fabricantes confirmadas – 4 a menos que na última edição em 2016.
Para compensar, os visitantes poderão ter mais experiências na direção com três áreas de test drive, entre elas uma exclusiva de carros elétricos.
Fonte: G1