A Tesla, que bateu recorde de vendas em 2021, anunciou que vai começar a comprar grafite, um dos componente para a fabricação das baterias de íons de lítio, em Moçambique, na África. O motivo é depender menos da China, que domina os mercados globais de grafite, e afastar algumas polêmicas.
Em dezembro do ano passado, Elon Musk, CEO da Tesla e Personalidade do Ano de 2021 da revista Time , fez um acordo com a empresa australiana Syrah Resources, que tem em Moçambique as maiores minas de grafite do mundo. O valor desse contrato não foi revelado.
Tesla Model S é o carro mais vendido da Tesla no mundo — Foto: Divulgação
As baterias de íons de lítio utilizam, tradicionalmente, óxidos metálicos de cobalto, níquel, manganês, ferro, grafite, sílica e óxidos de titânio, além de outros elementos químicos
“Começa no topo com a geopolítica. Os Estados Unidos querem construir capacidade doméstica suficiente para poder construir aterias de íons de lítio dentro do país. E este acordo permitirá que a Tesla obtenha grafite independente da China”, explicou Simon Moores, do provedor de dados e inteligência de materiais de baterias do United Kingdom Benchmark Mineral Intelligence.
A Tesla inaugurou a fábrica da China em 2018 (Foto: Divulgação/Tesla) — Foto: Auto Esporte
O especialista de baterias de íon de lítio e veículos elétricos ainda diz que produzir as baterias em solo norte-americano vai ajudar a reduzir alguns problemas que a Tesla na China, onde há preocupações ambientais em algumas minas.
Mas os problemas com os chineses não param por ai. Na região de Xinjiang, onde a Tesla tem um showroom, as autoridades chinesas são acusadas de realizar trabalho forçado e outros abusos de direitos humanos contra minorias étnicas, principalmente contra os muçulmanas.
Fonte: G1