Mais do que ter a cabine invadida por água e lama, é grande o risco de travamento do motor.
No verão, uma das principais preocupações é com o grande volume de chuvas e suas consequentes enchentes que invadem ruas e garagens sem cerimônias. Se você não conseguiu fugir dessa situação, o G1 dá algumas dicas para amenizar os prejuízos.
O carro morreu. E agora?
Se o motor estava ligado e a altura da água atingiu a entrada de ar superior do veículo, ele desligará automaticamente por uma questão química: sem o ar externo não existe combustão.
O principal erro é insistir na partida. Fazendo isso, o motor pode sugar a água de fora para dentro e resultar no calço hidráulico – quando a água invade a câmara de combustão e o pistão exerce grande esforço para vencer a resistência da água, empenando as bielas e travando o motor.
Válvulas, bronzinas, comandos de válvula e virabrequim também poderão ficar avariados e o prejuízo será ainda maior.
Como saber se a água chegou ao motor?
O primeiro passo é abrir o capô e checar o filtro de ar. Caso ele esteja encharcado, é grande a probabilidade de a água ter atingido pontos críticos do motor.
Por isso, a melhor opção é transportar o veículo de guincho para uma oficina. Lá, o mecânico deverá retirar as velas e, com uma bomba manual, retirar a água que possa ter invadido a área dos cilindros.
Depois de removida a água, é hora de reposicionar as velas e tentar ligar o motor. Se ele pegar, basta trocar o óleo.
Carro fica imerso em avenida da região do Ipiranga, em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo
Porém, se mesmo após a limpeza o carro não funcionar, temos más notícias: o motor travou e precisará de reparos mais severos, como a desmontagem para uma identificação mais precisa dos danos.
Se seu carro possui seguro, é hora de solicitar ao seu corretor que faça um aviso de sinistro e providencie um guincho. Priorize oficinas especializadas por ser um reparo mais delicado e caro. Desconfie de soluções rápidas e baratas.
Fonte: G1