O primeiro modelo a chegar ao Brasil é o Golf GTE, configuração híbrida plug-in de apelo esportivo do hatch.
A Volkswagen confirmou nesta sexta-feira (9) que 6 modelos híbridos e elétricos serão lançados na América do Sul até 2023. Para o Brasil, o primeiro deles chega ainda este ano: o Golf GTE.
Prometida desde o Salão do Automóvel de São Paulo, em 2018, a configuração híbrida do hatch médio promete rodar, de acordo com a marca, até 900 km (aproximadamente a distância entre São Paulo e Brasília) no modo híbrido e 50 km no modo totalmente elétrico.
Sem preço, nem consumo
O Golf GTE combina um motor 1.4 turbo de 150 cavalos de potência com um elétrico de 102 cavalos. Somados, os motores entregam 204 cavalos de potência e torque de 35,7 kgfm. O câmbio é automático de 6 marchas. Para ir de 0 a 100 km/h, ele leva 7,6 segundos.
Seu preço ainda não está definido. Provavelmente ele será enquadrado na faixa de 10% de IPI, a mais baixa, segundo a eficiência energética. Porém, como pesa mais de 1.400 kg, pagará 1 ponto percentual a mais do que a alíquota mínima, de 9%.
No entanto, ele deverá ser posicionado acima do GTI, produzido no Brasil. Ainda que a Volkswagen não fale sobre uma faixa de preços, pode-se esperar algo na cada dos R$ 170 mil, menos de 20% acima do “irmão” esportivo que só traz motor a combustão.
A Volkswagen ainda não divulgou os números de consumo do Golf GTE. Isso porque o padrão de medição para híbridos plug-in ainda não foi estabelecido no Brasil. Considerando o ciclo europeu de medições, o modelo faz até 62,5 km/l.
O GTE tem diversos modos de condução. O motorista pode escolher utilizar apenas o motor elétrico, em percursos de até 50 km. No modo “convencional”, o veículo decide quando usar cada propulsor.
Em outras situações, é possível “bloquear” a carga da bateria, e usar apenas o 1.4 turbo. Já se preferir uma condução mais esportiva, ainda é possível adotar o modo GTE, que privilegia desempenho. Por fim, caso queira (ou precise) recarregar a bateria com o motor a combustão, pode-se acionar esta função.
A Volkswagen destaca que este é o modo mais caro de carregar o GTE, e recomenda sua utilização em último caso.
Ainda segundo a marca, o modelo pode chegar até 130 km/h só com o motor elétrico – que leva 2h45 para recarga completa em uma tomada residencial de 220V ou em uma estação de recarga. O custo aproximado é de R$ 5.
Estudando o mercado
A conta da Volkswagen também já contempla o ID, carro elétrico que será lançado em setembro, no Salão de Frankfurt, e um dos mais importantes modelos da história da fabricante.
A marca também ressaltou que nem todos os 6 modelos elétricos ou híbridos podem chegar ao Brasil. “Vamos estudar qual produto é mais viável para cada local. A região América do Sul tem 29 mercados”, disse Rodrigo Purchio, gerente de marketing da Volkswagen,
Outra questão importante é que o Golf GTE servirá como uma espécie de teste para a Volks. A partir dele, a empresa vai tomar a decisão de quais outros modelos eletrificados (elétricos ou híbridos) poderá ou não comercializar aqui no Brasil.
O veículo não estará disponível em todas as concessionárias da marca. Além das lojas, a rede de assistência deverá ser preparada. “Qualquer oficina da marca vai poder realizar a manutenção básica, seja troca de óleo, ou verificação de filtros. Porém, quando falamos em uma manutenção no ar-condicionado, por exemplo, é necessário um processo para desenergizar o veículo”, explicou Purchio.
GTE não muda tão cedo
O Golf GTE chegará ao Brasil praticamente ao mesmo tempo em que uma nova geração do hatch será lançada na Europa. Mas isso não quer dizer que o carro estará desatualizado.
Isso porque o cronograma mundial para a versão GTE é diferente. Por enquanto, a nova geração do Golf estará disponível apenas em versões à combustão. Ou seja, o híbrido vendido no Brasil será o mesmo da Europa.
Fonte: G1