Estes foram os temas abordados em evento da Andap, do Sicap, Sincopeças Brasil e GMA durante a Autopar
Com presença maciça de representantes de fábricas, distribuidores e varejo, o evento, organizado pela Andap, pelo Sicap, Sincopeças Brasil e GMA-Grupo de Manutenção Automotiva, reuniu mais de 90 pessoas na sede da Fecomercio PR, no dia 7 de junho, durante a Autopar.
Com temas atuais e relevantes para o mercado de reposição, como programa de compliance está atrelado à governança corporativa e como obter recursos do Sistema de Indústrias (Sesi/Senai) para desenvolvimento de projetos de inovação, o encontro reuniu os elos da cadeia que puderam aprimorar conhecimento e gerar ideias que possam ser aplicadas nas empresas. “Escolhemos especialistas nestes assuntos com abordagem diferente e pragmática, mostrando as melhores práticas de compliance a serem adotadas e o caminho para o desenvolvimento e a captação de recursos para projetos de inovação por meio do Sistema Indústrias”, destaca Rodrigo Carneiro, presidente da Andap. O presidente da Federação do Comércio do Estado do Paraná e vice- -presidente da Confederação Nacional do Comércio, Darci Piana, abriu os trabalhos, dando a sua contribuição como líder e empreendedor e também fez o encerramento com apontamentos sobre os temas apresentados.
A palestra sobre programa de compliance e governança corporativa, com Hella Gottschefsky – especialista em Direito Tributário pela FGV –, com mestrado na Alemanha e doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, destacou que o Brasil ocupa atualmente a 96ª posição do novo índice de percepção da corrupção e da transparência internacional, a pior colocação de toda a sua história. Por isso, o compliance se tornou uma prática tão importante nas corporações e multinacionais com operação no País.
A especialista comentou que o programa de compliance deve envolver a governança corporativa e estar presente nas empresas para que seja instituído de forma eficaz, estabelecendo padrões de condutas, formação de comitê, treinamento e comunicação. Ela explica que este trabalho é levado em consideração pelas autoridades e minimiza as sanções, em caso de qualquer envolvimento e investigação de suspeita de irregularidades na empresa, bem como reduz as multas que podem variar de 1% a 20% do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração de processo administrativo, excluído os tributos.
Hella também explica que o programa de compliance, que no Brasil também é conhecido como integridade, de acordo com o Decreto nº 8.420/15, deve ser estruturado conforme as características e os riscos atuais das atividades das empresas e atualizado e aperfeiçoado constantemente a fim de garantir efetividade.
Outro tema abordado no evento tratou de projetos de inovação por meio de recursos da Confederação Nacional da Indústria, apresentado por Eduardo Vaz da Costa Junior, gerente executivo de Desenvolvimento de Negócios do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que destacou como as empresas vêm utilizando este mecanismo desde 2008, quando foi criada a Mobilização Empresarial pela Inovação. Ele explicou os processos desde a captação de recursos, os incentivos fiscais, o apoio técnico até as premiações. Também mostrou exemplos de empresas que já utilizaram essa iniciativa, citando Bosch, com soluções para pecuária de precisão, Brasil Kirin, sobre lúpulo brasileiro, e Fleury, que desenvolveu plataforma para bioinformática.
O projeto Mobilização Empresarial pela Inovação reúne um conjunto de instrumentos para oferecer novos modelos e soluções para a superação de desafios no ambiente de inovação, entre eles, financiamento, recursos humanos e inserção global das empresas.
O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) foi criado há 45 anos e conta hoje 92 unidades de atuação no território nacional e oferecendo desenvolvimento de talentos, educação empresarial, consultoria e gestão da inovação.
Escrito por: Redação