Números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgados pela Agência Brasil, reportam que cerca de 4,4 milhões (6,5%) de lares brasileiros sobreviveram, em julho, apenas com a renda do auxílio emergencial pago pelo governo federal por conta da crise gerada pela pandemia de Covid-19.
“Pela primeira vez, desde o início da pandemia, o auxílio emergencial compensa em média mais que a diferença entre a renda efetiva e a habitual. Ou seja, entre os que permaneceram empregados, a renda média com o auxílio já é maior do que seria habitualmente”, disse, em nota à Agência Brasil, o economista Sandro Sacchet, autor da pesquisa intitulada “Os efeitos da pandemia sobre os rendimentos do trabalho e o impacto do auxílio emergencial: os resultados dos microdados da PNAD Covid-19 de julho”.
O estudo mostrou também que o efeito da pandemia continua mais severo entre os idosos, não apenas no campo da saúde, mas também em relação à renda obtida. De forma geral, os trabalhadores receberam, em julho, 87% dos rendimentos habituais – R$ 2.070 em média, contra uma renda habitual de R$ 2.377. A recuperação foi maior entre os trabalhadores por conta própria, que receberam em julho 72% do que normalmente recebiam, contra 63% em junho, alcançando rendimentos efetivos médios de R$ 1.376.
Fonte: Redação