Dias atrás, fiz uma apresentação da Digital House, uma escola formidável dos novos tempos, sucesso na Argentina, que estamos implantando em São Paulo.
Comecei mostrando a capa do jornal Estadão do domingo anterior. A grande advertência era: metade da indústria do País está com tecnologia defasada.
Naquele dia mesmo, eu havia encontrado, em Ribeirão Preto, SP, um diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e ele tinha divergido daquele título. “Na verdade, toda a indústria brasileira está defasada neste campo”, afirmou.
Veja que discutimos essa questão enquanto o Elon Musk está enviando um carro da Tesla Motors para flutuar no espaço sideral. Está aí o contraste!
Esse é o nosso desafio: se queremos realmente fazer o Brasil se desenvolver, precisamos urgentemente preencher essas lacunas, especialmente na área do conhecimento.
O digital é hoje a convergência entre a tecnologia, o design e a gestão de dados convertidos em conhecimento. Vamos aprofundar: nos processos digitais bem-
-sucedidos, eleva-se a qualidade, aumenta-se a velocidade e baixam-se os preços.
No Silicon Valley, eles falam na trinca “bom, barato e rápido”. E também em “fail fast, fail often”. Alguns acrescentaram à frase o “failbetter”. E outros declaram que é preciso falhar para pensar (melhor).
Quando esse aprendizado é contínuo, coisas velhas são feitas de um jeito novo; e coisas novas são feitas de um jeito diferente, ou seja, são aprimoradas.
Na cultura digital, você pode errar, mas logo detecta o erro, corrige e faz melhor.
A aventura digital nos permite dar asas à imaginação, aperfeiçoar processos, criar novos negócios e, no dia seguinte, modificá-los, para que atendam às demandas de um mundo em movimento.
O modelo é diferente do capitalismo que nos trouxe até aqui. Um laboratório farmacêutico, por exemplo, gastava bilhões para encontrar um novo princípio ativo.
Hoje, as empresas buscam a mesma coisa, mas não podem desperdiçar dinheiro e tempo em um projeto. Desenvolvem um algoritmo que toma conta da rotina de procedimentos, verifica possibilidades e indica caminhos.
O digital potencializa as capacidades humanas, além de estimular a criatividade, a curiosidade e o trabalho colaborativo. E mais: junta peças e agiliza combinações.
Ser digital é acreditar neste novo paradigma de tentar, errar ou acertar, aprender e fazer de novo. Com rapidez.
Outro dia, disse eu a um amigo: “Quero morrer com poucos sonhos e muitas memórias”. Porque se for o contrário, quer dizer que passei a vida desejando coisas que não consegui realizar.
Portanto, quero ser cada vez mais digital, para encontrar atalhos, encurtar caminhos e fazer mais e melhor. Pronto! Ser digital é abraçar essa cultura de avanço permanente, combinando as capacidades da máquina e as infinitas inspirações humanas.
Em breve, falaremos mais sobre este tema fascinante.
Afinal, a teoria, na prática, funciona!
Escrito por: Carlos Júlio