A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia divulgou nesta semana uma nota a respeito dos impactos fiscais das medidas de combate à pandemia de Covid-19 no Brasil. De acordo com a pasta, a economia brasileira deverá apresentar retração entre 8% e 10% no segundo trimestre de 2020, na comparação com o período anterior.
“A evolução do PIB no primeiro semestre de 2020 reflete a crise causada pela interrupção do comércio e das atividades normais da sociedade. No primeiro trimestre, muitas das grandes economias registraram quedas expressivas do produto trimestral, mas inferiores a 10%. No segundo trimestre, as quedas foram ainda mais impactantes, com muitos países registrando valores acima de 10%. O PIB brasileiro teve queda de 1,5% nos primeiros três meses de 2020 e projeta-se contração em torno de 8% a 10% no segundo trimestre, em comparação ao trimestre imediatamente anterior”, apontou a Secretaria, de acordo com publicação da Agência Brasil.
Quando se leva em consideração todo o ano de 2020, a estimativa é de queda de 4,7% do PIB. Nos primeiros três meses deste ano, já sob o impacto da pandemia de Covid-19, o PIB brasileiro registrou queda de 1,5% em relação ao trimestre anterior.
Caso a queda do PIB por dois trimestres consecutivos seja confirmada, o país entrará em recessão técnica. A Secretaria informou ainda que as medidas de enfrentamento à crise gerada pela pandemia devem gerar impacto fiscal de 7,3% do PIB projetado para 2020, acima da média de 4,1% para 17 países em desenvolvimento e também acima da média de 6,3% de 30 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Fonte: Redação