Seguir os parâmetros da ISO 4406 é um dos importantes quesitos para evitar comprometimento dos equipamentos.
Mais de 80% de todos os problemas dos sistemas hidráulicos podem ser atribuídos à contaminação do óleo. Somente 20% são relacionados aos equipamentos. Foi o que destacou José Roberto Pereira Piccolo, Gerente de vendas Distribuição Industrial e Filtration SAM Bosch Rexroth, no “Abra Talks”, evento da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, promovido no dia 12 de novembro, onde a Câmara Setorial de Filtros Industriais abordou o tema “Níveis de filtragem recomendados para o controle de contaminação em sistemas hidráulicos”.
“Um dos desafios é que a contaminação não pode ser enxergada a olho nu. Por isso, é importante compreender os tamanhos e respectivas quantidades das partículas sólidas”, comentou o gerente de vendas, ressaltando que a ISO 4406, que determina parâmetros para o nível de contaminação de óleos e fluidos, especificando o nível de limpeza de óleo para componentes de sistema hidráulicos, é um importante instrumento para monitoramento e apuração da c ontagem de partículas contaminantes num fluido. Disse que a norma NAS 1638, que também define a classe de contaminação, apesar de estar oficialmente em desuso desde 2001, na prática, ainda é utilizada no mercado com frequência.
Piccolo ressaltou que cada equipamento possui um grau de contaminação pré-estabelecido para trabalhar adequadamente. Caso ultrapasse este nível de contaminação, o equipamento sofrerá desgaste resultando nos casos mais críticos em uma parada inesperada. Para que isto não ocorra, falou que é preciso respeitar as recomendações do fabricante do equipamento, especialmente, quando em garantia. Depois, indicou analisar e identificar o componente mais sensível do sistema para definir o n& iacute;vel de contaminação global. “Sem atuar preventivamente, haverá desgaste excessivo do equipamento. Havendo a remoção de materiais das superfícies metálicas, aumentam folgas (tolerância entre as partes), maiores vazamentos internos, mais aquecimento, a pressão cai. É um efeito dominó até parar”, enfatizou.
Comparou também os meios filtrantes – filtragem de superfície, mais voltada para sistemas de filtros de sucção e para fluidos de viscosidade mais alta e de profundidade, mais recomendada em caso de sistemas mais sensíveis à contaminação, como o hidráulico. No entanto, segundo Píccolo, será preciso considerar o equipamento e a criticidade de uso para o correto dimensionamento de um sistema de filtragem adequado.
Ao final da apresentação, o gerente de vendas também falou sobre a importância da localização dos filtros, que pode variar conforme a aplicação e a filosofia da manutenção.
Para o presidente da Abrafiltros, João Moura “os temas apresentados em cada edição do evento, têm se conectado e oferecido ao participante e consequentemente ao mercado, uma rica fonte de informação”.
O “Abra Talks”, realizado pela plataforma zoom, foi dividido em três momentos, de 30 minutos. Logo após Piccolo, foi a vez de Maurício Costa Cabral, Eng. Civil, Mestre em Saneamento – Pesquisador do Centro Internacional de Referência no Reúso de Água (CIRRA) abordar o tema “Aplicação da Tecnologia de membranas para tratamento de água, efluentes e reúso de água”. Em seguida, o Prof. Dr. Sergio Humberto, Membro do Instituto Mackenzie de Pesquisas Avançadas em Grafeno e Nanotecnologias – MackGraphe q ue trouxe o tema “Grafeno e Filtros Automotivos: Possibilidades de aplicação”. Vale destacar que o conteúdo apresentado será disponibilizado na integra somente para associados da Abrafiltros.
Fonte: Verso Comunicação e Assessoria de Imprensa