Em inédito formato digital, em decorrência da pandemia de Covid-19, foi realizado nos dias 17 e 18 de novembro o 26º Seminário da Reposição Automotiva. Responsável pela coordenação desta edição, Francisco De La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo), destacou que o Seminário tinha como compromisso abordar temas atuais em um cenário desafiador, no qual as mudanças acontecem de forma incessante.
O executivo ressaltou ainda que a versão digital possibilitou tornar o Seminário mais inclusivo, com a possibilidade de acessos a qualquer hora para todo o Brasil, uma vez que o vídeo foi disponibilizado na íntegra no site do evento. O modelo também permitiu amplos resultados aos expositores, com estandes recebendo até 800 visitas virtuais durante o evento.
Conforme lembrou Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e
Acessórios do Estado de São Paulo), a saúde financeira e a segurança do aftermarket apenas foi garantida durante a
pandemia porque a manutenção de veículos foi considerada serviço essencial logo no começo da quarentena.
Por sua vez, Rodrigo Carneiro, presidente da ANDAP (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças), observou que a pandemia acelerou os processos para a digitalização das empresas. Além disso, o mercado de reposição se mostrou forte e fantasticamente resiliente, bem como garantiu o transporte de pessoas e de bens de consumo ao longo da pandemia.
Alcides Acerbi Neto, presidente do Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes para Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo), disse que o momento atual imprimiu novos hábitos e que a pandemia mostrou como a reposição tem força e é resiliente. Seguindo a mesma linha, Elias Mufarej, coordenador do GMA e Conselheiro do Sindipeças, fez a seguinte recomendação: “A reposição deve fi car unida na busca de soluções para fortalecer toda a cadeia”.
Já Dan Iospche, presidente do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), afirmou que, por conta da pandemia, que interrompeu a produção da indústria automobilística e gerou queda drástica nas vendas de veículos, o setor de autopeças deve sofrer retração de 25% no faturamento global, enquanto a reposição deve cair apenas 12%. Já com relação à participação no setor, o aftermarket deve crescer 14% para 17%, somando o montante de R$ 22 bilhões.
Nas apresentações, Darci Piana, vice-governador do Estado do Paraná e presidente da FecomercioPR, destacou o avanço do e-commerce durante a pandemia, e ressaltou a importância de atualizar as empresas com as novidades digitais, como o PIX, que já está à disposição das pessoas e deve promover um grande avanço na área de pagamentos.
Em sua palestra, Gil Giardelli, estudioso de inovação e economia digital, alertou que o Brasil precisa dar um enorme salto em desenvolvimento tecnológico para se aproximar de outros países.
Luiz Norberto Pascoal, presidente da DPaschoal, disse que estuda inovação há 40 anos e que o mundo digital não é uma opção, mas um processo irreversível. “Quem tem dificuldade deve pedir ajuda, não ter medo e conhecer antes de usar as ferramentas digitais que podem auxiliar na gestão”, ressaltou.
Delfim Calixto, presidente Regional da Bosch, Divisão Automotive Aftermarket para a América Latina, falou em sua apresentação que a empresa nunca esteve tão próxima dos clientes e até do consumidor final como agora na pandemia,
onde o digital se tornou uma ferramenta altamente produtiva e eficaz para atividades on-line, seja para relacionamento
ou treinamento.
Já Armando Diniz, diretor de Novos Negócios da DPK, AutoZ Web e Maxxi Training, falou sobre as diferentes plataformas do grupo para atender fornecedores e consumidores finais e das iniciativas para promover a inserção de jovens no mercado com o primeiro ofício. Paulo Gomes, diretor de Mercado de Reposição das Empresas Randon, falou sobre a forte retração que a pandemia provocou na economia mundial. Com gráficos sobre a retomada da China, Gomes afirmou que, no Brasil, isso deve acontecer no próximo ano.
No segundo período do seminário, o consultor Flávio Padovan falou sobre os impactos recentes que o mercado de veículos tem sentido a partir de diferentes frentes. O assunto foi comentado também por Alberto Rufini, diretor de Vendas da ZF Aftermarket América do Sul.
Por sua vez, Marcelo Gabriel, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Latin America for Business – LA4B –, abordou impactos observados na cadeia de reposição como um todo. O assunto ganhou comentários também de Felipe Martins,
diretor do Grupo PMZ.
Organizado pelo Grupo Photon, o evento foi encerrado com palestra de Luciano Pires, responsável pela fertilizadora cultural Café Brasil.
Escrito por: Redação